A divisão social do trabalho é um conceito em sociologia que se refere às formas pelas quais os empregos das pessoas são organizados. Em nossa sociedade, as pessoas tendem a se especializar em fazer determinados tipos de trabalho, o que pode levar a um sistema hierárquico onde algumas pessoas têm mais poder do que outras.
Continue lendo este artigo e conheça mais sobre a divisão do trabalho na Sociologia.
Divisão do trabalho na Sociologia
A divisão social do trabalho é um conceito que vem sendo estudado por sociólogos há anos. Refere-se à forma como as pessoas são divididas em diferentes grupos que executam diferentes tarefas dentro da sociedade. A ideia foi desenvolvida pela primeira vez por Karl Marx, que a viu como parte importante de suas teorias sobre conflito de classes e exploração.
A sociologia da divisão social do trabalho é o estudo de como diferentes grupos de pessoas na sociedade se organizam para garantir que todas as tarefas sejam completadas. Trata-se da forma como as pessoas são divididas em classes e subgrupos sociais, tais como homens e mulheres, e como essas divisões impactam a vida diária.
Nos tempos modernos, os sociólogos expandiram seus estudos sobre a divisão social do trabalho para incluir coisas como papéis de gênero, relações raciais e religião. Eles também analisaram formas pelas quais estas divisões impactam coisas como taxas de criminalidade ou mesmo resultados de saúde para certos grupos dentro da sociedade.
A divisão social segundo os principais Sociólogos
A divisão social do trabalho é uma expressão bastante usada por Karl Marx e referenciada por diferentes autores, como Marglin e Braverman, para nomear a especialização dos meios de produção em todas as sociedades complexas. Além de causar alienação do trabalhador, Marx aponta também que a divisão social causa a produção de hierarquias entre as classes dominantes, desencadeando a luta de classes.
A divisão do trabalho sempre existiu. Esta forma ficou bem caracterizada nos ofícios da Idade Média. Os artesãos organizados nas guildas, ou corporações de artífices, constituíam uma unidade de produção, de capacitação para o ofício e de comercialização dos produtos.
Apesar de existir, entre mestres-companheiros-aprendizes, divisão do trabalho, hierarquia e também atividades de coordenação e gerenciamento do processo de produção, estas eram diferentes da divisão parcelar do trabalho e da hierarquia verificada na emergência das fábricas e do modo de produção capitalista.
No artesanato, os produtores eram donos dos instrumentos necessários ao seu trabalho, tinham domínio sobre o processo de produção, sobre o ritmo do trabalho e sobre o produto, e também, quase certamente, havia ascensão a companheiro e muito provavelmente a mestre (Marglin, 1980).
Marx, em O Capital (1982), conta que a divisão social do trabalho se refere ao caráter do trabalho humano. “A divisão social do trabalho é aparentemente inerente à característica do trabalho humano tão logo ele se converte em trabalho social, isto é, trabalho executado na sociedade e através dela” (Braverman, 1981, p. 71-72).
A produção da vida material e o aumento da população geram relação entre os homens e a divisão do trabalho. Os vários estágios da divisão do trabalho correspondem às formas de propriedade da matéria, dos instrumentos e dos produtos do trabalho verificados em cada sociedade, nos diversos momentos históricos (Marx, 1982).
Uma sociedade se organiza conforme seu trabalho é dividido. Com o tempo, o trabalho passou de ser um meio ao qual as pessoas trocavam produtos para se tornar, ele mesmo, uma mercadoria a ser vendida em troca de remuneração.
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