Geralmente os títulos de mangás fazem referência a elementos importantes da obra, como em “One Piece”; ou simplesmente se referem ao protagonista, como é o caso de “Naruto”. Não é o caso de Bleach.
O título do mangá de Tite Kubo não se encaixa em nenhum dos dois cenários. Curiosamente, um dos significados para a palavra em inglês é “alvejante”, o que já rendeu brincadeiras entre os leitores.
Em entrevista divulgada na revista semanal Shonen Jump, o criador do mangá revelou o significado por trás do título de sua obra. Essa é uma questão que intriga muitos fãs da série.
Kubo explicou suas motivações, remontando a origem do mangá. Quando ele decidiu criar uma história sobre Shinigamis, o título que tinha em mente não era esse. Segundo o mangaká, o primeiro título veio antes mesmo dele desenhar o one-shot que deu origem a obra principal.
O título original seria Snipe, derivado de Sniper, em referência ao fato de os protagonistas usarem pistolas para lutar, com exceção de Rukia, que desde a primeira versão, já possuía sua foice.
A partir do momento que ele definiu que os personagens usariam espadas, o autor precisou descartar esse nome. Então surgiram novas ideias referentes a cor.
Os Shinigamis são associados ao preto, que também é a cor de seus trajes. Por isso, Kubo pensou em nomear a obra como “Black”, porém por achar tal título genérico demais, ele descartou a ideia.
Como segunda opção, o criador escolheu “White”, que significa branco, associando a ideia de essa ser uma cor complementar ao preto. Apesar disso, o mangaká relatou que sentia que esse ainda não era o título ideal.
No fim, a ideia do branco foi o ponto de partida para o surgimento do nome “Bleach”. Afinal, a palavra em inglês, além de “alvejante’, também pode significar “embranquecer” algo.
Portanto, além de não ser um título tão genérico quanto as opções anteriores, “Bleach” ainda oferece uma interpretação que remete ao que acontece quando os Shinigamis purificam os Hollows.
Saiba mais sobre Bleach:
O mangá publicado originalmente no Japão pela Shueisha contou com 74 volumes. A obra foi serializada na Shonen Jump entre agosto de 2001 e agosto de 2016. No Brasil, o título foi lançado pela editora Panini.
Entre 2004 e 2012, foi ao ar a primeira adaptação em anime produzida pelo estúdio Pierrot (Boruto: Naruto Next Generations, Kingdom). A série contou com 366 episódios, mas não adaptou a obra completa.
Em outubro de 2022, foi lançada na TV japonesa Bleach: Thousand-Year Blood War, uma adaptação do arco final do mangá, intitulado “A Guerra Sangrenta dos Mil Anos”. O anime será lançado no Brasil em 2023. A estreia deve acontecer pelo Star+.
A história acompanha o jovem Ichigo Kurosaki, que ganhou os poderes de um Shinigami após um encontro casual. Ele se tornou um substituto na Soul Society, o local onde as almas se reúnem. Com a ajuda de seus novos amigos, o protagonista superou desafios e foi se tornando cada vez mais poderoso.
No arco final, novos Shinigamis e um inimigo surpresa surgem em Karakura, a cidade natal de Ichigo. Ele volta para o campo de batalha para auxiliar seus companheiros.
A Soul Society observa situações anormais, como o aumento repentino no número de Hollows sendo destruídos no Mundo dos Vivos e relatórios de desaparecimentos no distrito de Rukon.
Até que o Seiretei, lar dos Shinigamis, é atacado pelo grupo chamado Wandereich. O líder do grupo, Yhwach, o pai de todos Quincies, declara guerra contra os Shinigamis e promete aniquilar a Soul Society em cinco dias. Esta será a batalha final de Ichigo.
Bleach: Thousand-Year Blood War também é animado pelo estúdio Pierrot. O anime contará com 52 episódios divididos em 4 partes.