Muito foi comentado nos últimos anos acerca do último filme da saga Transformers. Uma das franquias mais amadas e odiadas de Hollywood apresentou um novo espetáculo cheio de efeitos especiais e coisas que só esse filme pode fazer, deixar você com dó de um carro.
O filme retratado se reinventa a cada novo episódio da Saga, já que a cada sucesso lançado a franquia enfrenta e vai contra alguma lei da física ou da lógica, característica marcante do Diretor Michael Bay, que adora explosões e roteiros de falas esvaziadas.
O diretor de sucessos como Bad Boys, As Tartarugas Ninja e todos os filmes de Transformers manteve o mesmo padrão que já é conhecido com explosões sequenciais e cortes rápidos, como também é característico dos filmes de ação americanos de grandes orçamentos.
O personagem Cade Yeagar foi muito bem interpretado pelo renomado Ator Mark Wahlberg, com cenas de ação inspiradoras que te dão vontade de sair correndo e salvar o mundo quando assiste a longa-metragem.
Não obstante, é normal pensar que o brilhantismo artístico de Mark não foi muito bem explorado entre as explosões e cenas de ações exageradas que foram promovidas diversas vezes com o passar do tempo na produção cinematográfica.
DESENVOLVIMENTO DO FILME: MAIS DO MESMO
Como já esperado, os efeitos sonoros e visuais do filme, assim como de toda a franquia são impecáveis, se destacando muito entre os filmes lançados no mesmo ano, principalmente tendo em vista que esse não é um ponto que vem sendo tão valorizado como é nos filmes de ação de Michael Bay.
O que também pode ser destacado nesse filme é a forma como os robôs se misturam no meio das pessoas de forma bastante convincente, fator que teve grande evolução principalmente quando comparado com os filmes anteriores da saga.
Apesar de acreditar que todo o processo de transformação que os carros passam para voltarem a ter aparência de robôs é desnecessário, eu entendo que esse detalhe pode fazer sentido quando unido a outros aspectos de composição desse filme.
O início da obra apresenta para nós uma linda fotografia, que representa a Era Medieval, onde os transformers tiveram sua origem, contudo, essa parte não foi tão bem explorada como poderia ter sido, levando em conta que a origem do Optimus é muito importante para o desenvolvimento da longa e essa cena teve apenas alguns minutos, deixando alguns pontos soltos.
A narrativa se desenvolve quando o Optimus Prime descobre que seu planeta original está morto e foi totalmente destruído, mas o enredo da história é desenvolvido no momento em que o robô descobre que de certa forma, ele foi o principal responsável pela destruição do espaço em que ele foi criado.
Não obstante, o desenvolvimento dos fatores é dado de maneira caótica, dificultando o entendimento das partes mais importantes do filme, já que alguns detalhes considerados fulcrais não foram enfatizados como tais.
Também se faz importante destacar a composição de elenco fabulosa que foi montada no entorno do filme, começando pela bela atuação da atriz Laura Haddock que fez papel de uma coadjuvante muito mais participativa do que o que foi apresentado por Megan Fox no penúltimo filme.
A pequena atriz, Isabela Merced, também é uma luz nesse filme, já que roubou a cena em todas as suas aparições, a artista foi muito bem utilizada pelos roteiristas e pelo diretor, que buscou evidenciar o talento da jovem promessa do cinema de Hollywood que já havia participado de maneira notável de quase todos os filmes dessa saga tão aclamada por alguns e detestada por outros.
O filme, assim como todos os Transformers até aqui, busca dar bastante ênfase às cenas de luta, o que é ainda mais estimulado devido ao grande investimento que foi feito nos pontos de arte audiovisual.
As batalhas desse filme acontecem em diversos ambientes magníficos, que somados aos jogos de luzes e de fotografias são muito úteis para o desenvolvimento da franquia, que vive apoiada em fatores visuais.
CONCLUSÃO: NÃO SURPREENDEU
Contudo, como já foi retratado anteriormente, o filme é um pouco confuso, já que às vezes é bastante complicado até para saber quem é do bem ou do mal, principalmente tendo em vista que os personagens mudam de lado constantemente e isso quase não é destacado.
Por isso, não se culpe se você se pegar torcendo pelo vilão, afinal talvez você nem saiba ao certo quem é o mais catastrófico do longa-metragem de Michael Bay.
Apesar da atuação ok dos artistas, os humanos perdem a utilidade nessa narrativa já que na maior parte do tempo eles estão apenas fugindo de ataques, e nunca sendo realmente eficientes em sua missão.
Ademais, é importante ressaltar também que a missão dos robôs não estava clara no filme, o que torna ainda mais difícil escolher um lado e se deixar ser cativado e levado pela narrativa.
A forma como o filme é conduzido atrapalha bastante a maior experiência daquele que assiste, que é se conectar com os personagens, já que quando o objetivo é confuso, se torna muito mais difícil se colocar no lugar daquele que sofreu com a injustiça ou com a perda, como é no caso de Transformers- O Último Cavaleiro.
Por fim, o filme tem muitas cenas que são memoráveis devido à fotografia e os efeitos sonoros, porém é de fundamental importância dissertar que maioria dessas cenas não agrega em muita coisa a obra cinematográfica, principalmente levando em consideração a quantidade de pontos soltos que foi deixada nessa narrativa.
Dessa forma, é um filme bom caso você ame explosões e fotografias, pois nesses dois fatores ele não deixa a desejar. Porém, caso você goste de histórias sólidas e construídas de forma interligada, essa obra não é para você.
Esse filme tem a cara de Michael Bay, que normalmente leva as cenas para a direção que ele deseja com belos cortes e explosões, mas pouquíssimo conteúdo.