A inflação medida pelo IPCA nos últimos 12 meses está em 6,47%, ou seja, o índice está acima do teto da meta estipulado pelo Banco Central que é de 3,5% com uma margem de 1,5% para cima ou para baixo. Acompanhe e saiba como se proteger da inflação.
Atualmente, praticamente todos os investimentos sofrem influência da inflação. Quando a inflação sobe, as expectativas no mercado se alteram e mudanças importantes costumam aparecer nas expectativas para o juro futuro.
Ou seja, com uma inflação maior, a tendência de alta no juro futuro. Se o contrário acontecer, é possível que haja uma tendência de queda no juro futuro.
Portanto, investimentos atrelados ao CDI (taxa do Certificado de Depósito Bancário), IPCA e prefixados, tendem a sofrer com a precificação a mercado, ou também devido às mudanças nos próprios índices, como é o caso do CDI e do IPCA.
Se você busca proteção contra a inflação, acompanhe o artigo e conheça mais sobre o assunto.
Como investir em FIIs?
Para ter acesso à bolsa de valores e consequentemente, aos FIIs, o investidor precisa de uma conta em uma corretora de valores mobiliários.
Hoje existem diversas opções de corretoras, inclusive os grandes bancos também vêm oferecendo plataformas de investimento mais diversificadas e com custo menor.
Sendo assim, opções é o que não falta. Antes de abrir a conta, faça uma boa análise e veja os custos para investir na corretora preterida.
Investir em FIIs é algo bem simples e tão prático quando negociar um CDB, ou qualquer outro produto de renda fixa.
Vale destacar que os fundos imobiliários são um dos investimentos que mais sofre com a variação da inflação. Observando isso, é importante ficar atento em como investir nos FIIs.
Ao optar por comprar cotas de fundos imobiliários, fiquem atentos às expectativas para a inflação e se já existe mudança nos rumos do Banco Central, com relação ao juro.
Conseguindo avaliar quais serão as tendências daqui em diante, fica mais fácil definir quais fundos dar prioridade.
Quais as categorias de FIIs?
Na hora de escolher qual fundo comprar, o investidor terá um grande leque de opções, sendo que elas estão divididas nas seguintes opções:
· FIIs de tijolo (que investem diretamente em imóveis);
· FIIs de papel (que investem em CRI, Certificado de Recebíveis Imobiliários);
· FIIs FOF, ou os fundos que investem em cota de outros FIIs;
· E os FIIs híbridos, que possuem carteira com diversos investimentos em imóveis, cota de outros fundos, e CRI.
Vale destacar que cada uma das categorias de fundos imobiliários possuem suas próprias características. Antes de comprar, o investidor precisa fazer uma boa avaliação, identificando as vantagens e desvantagens de cada uma das categorias.
Como a inflação pode afetar os FIIs?
Quando a inflação sobe, muitos fundos que recebem parte de seus ganhos por meio dos aluguéis, tem expectativa de repassar parte da inflação aos seus inquilinos e assim, ganhar mais dinheiro.
Assim, é natural que os rendimentos sofram um aumento de um ano para outro. Dependendo do contexto econômico por trás do aumento da inflação, o aumento é uma realidade.
Porém, nos últimos anos, o aumento da inflação foi ocasionado por outros fatores, como a guerra na Ucrânia.
Assim, a inflação não foi um produto do aquecimento econômico, mas sim do choque de preços devido à redução de alguns materiais, como o trigo e o petróleo.
Ao analisar os fundos de papel, quando o FII investe em muitos CRI atrelados ao IPCA, o aumento da inflação pode favorecer consideravelmente esses FIIs.
Ou seja, os rendimentos que são atrelados ao IPCA, podem sofrer grande valorização e assim, o fundo passa a pagar mais e consequentemente, a cota pode se valorizar.
Como a taxa Selic pode influenciar nos FIIs?
Em consequência de uma inflação maior, é natural que o BC aumente a taxa de juro. Com isso, os fundos imobiliários que possuem rendimento atrelado ao CDI, ou a Selic, acabam se beneficiando e conseguindo aumentar suas distribuições.
Em contrapartida, o valor das cotas tende a cair na bolsa. Com o juro maior, é comum ver uma movimentação de investidores da bolsa para a renda fixa.
Além da renda fixa ser algo mais seguro, uma Selic maior aumenta a rentabilidade de diversos títulos e isso influencia na tomada de decisão do investidor.
Assim, os FIIs acabam derretendo até um momento onde a rentabilidade do fundo se torna interessante.
Quando o contrário acontece e o juro cai, as cotas dos fundos começam a se valorizar. A queda da Selic estimula os investidores a buscarem novas alternativas mais lucrativas, sendo que os ativos negociados em bolsa de valores são uma das opções, inclusive, os FIIs.
Normalmente a valorização das cotas dos FIIs vão até um ponto onde os rendimentos mensais ficam parelhos aos rendimentos dos títulos de renda fixa.
Como se proteger da inflação investindo em FIIs?
Primeiro, o investidor deve fazer uma boa análise sobre os fundos disponíveis no mercado. Em uma situação de alta da inflação, o investidor deve ficar atento à movimentação do BC.
O BC costuma se pronunciar a favor da alta do juro, assim, além da inflação, o juro pode ser um índice interessante.
Segundo; após identificar a situação, procure por FIIs que investem em papel. Esses fundos podem ser uma solução.
Foque em fundos que possuem CRI atreladas ao IPCA. Quando o juro começar a subir, procure por FIIs de CRI atreladas ao CDI e Selic.
Terceiro: quando a tendência passar de alta para queda da inflação, o juro provavelmente vai cair e isso provocará a entrada de investidores no mercado de FII.
Nesse momento é interessante buscar fundos que investem em imóveis (tijolos) e os FOF (fundos de fundos).
Outro detalhe: em qualquer uma das duas situações, na hora de investir em FII, procure fundos com alto valor patrimonial, liquidez e com diversificação de investimentos.
Evite investir em fundos que possuem um ou dois imóveis, ou possuem somente um inquilino, por exemplo. Procure fundos com patrimônio acima dos 1 bilhão e com liquidez alta.