Se quer saber porque não se considera válido o atestado de óbito da rainha Elizabeth, veio ao lugar certo. Pois aqui vamos mostrar tudo o que você precisa sobre esse assunto.
Acontece que apontar “velhice” como causa da morte de alguém, soa como um retrocesso. Até porque ninguém morre de infância, ou adolescência ou de idade adulta, muito menos jovem.
Isso porque quando o Duque de Edimburgo veio a óbito no ano passado, o médico da família real informou “velhice” como causa da morte. Isso gerou um acerta estranheza para todos.
Mas, isso não significa que ele cometeu algum erro. Porque dois anos antes, lá na Assembleia Mundial da Saúde de 2019, propuseram a 11ª revisão do Código Internacional de Doenças (CID).
A recomendação é que o muito criticado (por mal definido) código de “senilidade” tivesse uma substituição, por velhice. Porém, esse fato passou despercebido.
Quer saber mais? Então continue lendo este artigo para descobrir mais sobre o assunto.
Como funciona a nova versão do CID?
Bem, a nova versão do CID só iria ser de uso obrigatório no início de 2022. No entanto, desde 2019 já poderia ser utilizada.
Mas, acontece que a emenda acabou saindo pior que o soneto. Afinal de contas, como definir velhice por um simples critério puramente cronológico.
A pergunta a ser feita seria, quando a velhice começa? Bem, quando se teve conhecimento sobre a causa da morte do Duque, tanto a sociedade civil internacional quanto a acadêmica protestaram com forte veemência.
Isso porque ao adotar a velhice como sendo uma causa de morte, poderia trazer danos sem medidas. Não só por causa do idadismo característico.
Até porque leva-se em conta que ninguém morre de infância, adolescência e/ou de idade adulta jovem. O envelhecimento é uma etapa natural da vida.
Isso pode sim aumentar riscos de desenvolver doenças crônicas, mas isso não significa morrer de “velhice”. Porque a longo prazo, vamos supor daqui a dez anos, iremos olhar de forma retroativa e ficar às escuras.
Afinal de contas do que estaria morrendo parte da população que mais cresce em todo o mundo: de velhice? Seria como cair em um fatalismo inconsequente.
Pois, do que adiantaria ir em busca de formas para prevenir doenças, tratá-las? Se as pessoas idosas estão morrendo de velhice, nada poderia ser feito, até porque não há como enfrentar o tempo.
A regra básica quando o assunto é saúde pública é que o que não se pode medir, continue invisível. Dessa forma, o que é invisível segue ignorado.
Neste caso costuma ser pior. Pois, mortes até podem ser ignoradas, mas não são invisíveis: visto que estariam sendo invisibilizadas.
Por que a população se manifestou sobre o assunto?
É importante pontuar que foram as vozes leigas da sociedade civil que resolveram se pronunciar. No nosso país, foi a maioria.
Talvez tenha sido por termos sido negligenciados no período da pandemia. Isso pode ter gerado algum tipo de trauma e, por isso, foi preciso se pronunciar.
É importante ter em mente que os brasileiros representam cerca de 3% da população mundial. Mas, tivemos cerca de 11% das mortes por covid-19, a maioria delas foi entre pessoas de 60 anos ou mais.
Em média dois terços do total dessas mortes foi por conta da negligência do governo. Bem como, pela morosidade na hora de adotar políticas públicas.
Tenha sido pelo atraso na hora de comprar vacinas e/ou pela corrupção. Por exemplo, no estado do Rio de Janeiro foram construídos diversos hospitais de campanha.
No entanto, apenas um deles realmente funcionou por mais ou menos dois meses. Logo foram gastos milhões de reais e não teve nenhuma transparência.
Ou seja, ninguém foi responsabilizado por isso. A mobilização pública foi tanta e ao final foi possível conseguir o que a princípio parecia impossível.
Estamos falando de que no último minuto finalmente foi possível reverter as coisas. Em outras palavras, a cerca de duas semanas do dia 1° de janeiro, a OMS voltou atrás e reverteu a decisão.
A conclusão foi retirar “velhice” do CID. Foi quando a chegou a hora de comemorar uma vitória que parecia ser impossível de conseguir.
De volta à estaca zero
Mas, nem tudo são flores, pois de forma tão repentina parecia que tínhamos voltado à estaca zero. Quando se anunciou que o médico real informou como causa da morte de sua alteza real “velhice”.
O que podemos pensar a respeito dessa divulgação? Isso quer dizer que será necessário que o povo se mobilize novamente, com a mesma ou maior intensidade do que na primeira vez.
Porque se um médico que julgamos ser altamente competente no faz, faz algo assim, o que podemos esperar de seus colegas de profissão?] Principalmente quando o assunto tem relação com o envelhecimento.
Acontece que como falamos acima, dizer que uma pessoa morreu de velhice é um erro. Pois é preciso pensar um pouco sobre como ninguém morre de infância, ou de idade adulta.
O questionamento a respeito do atestado de óbito da rainha foi por conta de toda essa questão. Afirmar isso, é dizer que todo o estudo para combater e prevenir doenças é em vão.
Conclusão
Por fim, mostramos algumas informações sobre como o atestado de óbito da rainha estava com erro. Pois, ninguém afirma que alguém morreu de infância, ou de idade adulta jovem.
Quando um médico de alta competência faz isso, passamos a questionar os seus colegas de profissão pelo mundo. Afinal, afirmar isso é descartar anos de estudos sobre como combater e prevenir doenças.
Pois, estariam dizendo que de nada serve combater, prevenir e tratar doenças. Já que o grande vilão seria o tempo, porém não é possível ir contra ele.
Nesse caso, é preciso reconsiderar antes de apontar que uma pessoa morreu de “velhice”. Uma vez que ninguém morre por envelhecer.
É sim um fator para ter cuidados, pois os riscos de desenvolver doenças crônicas é maior. Mas, não significa que é sinal de morte.
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